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Portugueses menos fiéis às marcas
Apenas 12% dos portugueses se mantém fiel a uma marca e 88% dos jovens com menos de 30 anos acredita que as marcas de vestuário, calçado, acessórios, entre outras, não são muito diferentes entre si. Os dados são do Observador Cetelem e apontam que os consumidores, afectados pela crise, estão a modificar o seu comportamento de compra e desconfiam cada vez mais dos discursos das marcas. Mas será que as marcas significam ainda alguma coisa para os consumidores portugueses? Para menos de 20% dos consumidores europeus, as marcas são mais ou menos todas iguais. Já cerca de 30% dos consumidores consideram que as marcas são muito diferentes. Quando se trata do mercado do equipamento da pessoa: vestuário e acessórios diversos, são mais numerosos os consumidores que consideram as marcas muito distintas. Na maioria dos casos, são os jovens que apresentam uma maior valorização da marca. No entanto, embora sigam a tendência europeia anteriormente descrita, os jovens consumidores portugueses parecem menos envolvidos com as marcas, sendo ainda os jovens que menos acreditam nalguma diferença no mercado do equipamento da pessoa (vestuário e outros acessórios pessoais). Os distribuidores começam a sentir a “infidelidade” dos portugueses em relação às marcas. Apenas 19% dos consumidores em Portugal sabe exactamente qual a marca que vai comprar antes de entrar numa loja ou de ir à Internet. “Com a crise podíamos pensar que os consumidores, e sobretudo os mais jovens, iriam privilegiar as marcas como um meio de minimizar os riscos: ‘compro uma marca para prevenir riscos, como garantia de segurança’. Na realidade, acontece o contrário: em plena dúvida, tanto destabilizada como saturada por uma profusão de escolhas e de marcas, esta geração de ‘consumidores inconstantes’ escolheu não escolher”, afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal. O estudo mostra ainda que, no actual contexto económico, os portugueses regressaram ao fundamento primordial do consumo: uma boa compra é antes de mais uma boa relação qualidade-preço. 69% dos jovens afirma que antes de efectuar uma compra, compara os preços muito atentamente. Para além de não hesitarem na comparação de preços, os jovens portugueses estão ainda dispostos a passar de um distribuidor para outro e dizem-se muito atentos às promoções. Representam aliás a percentagem mais alta entre os países analisados: 65% contra uma média europeia de 58%. É também em Portugal que se encontra a maior proporção de indivíduos com mais de 50 anos que sistematicamente procura obter um desconto/negociar os preços (50% contra uma média de 28%). «Tal como nos demonstrou a edição 2010 do Observador Cetelem, também na sua edição de 2011 o consumidor procura uma maior simplicidade: apresentação mais sumária dos produtos, menos marcas propostas nos pontos de venda, um ambiente de compra mais depurado. Em suma, a crise acentua a necessidade de regressar ao essencial», conclui a responsável do Observador Cetelem. As análises e previsões do Barómetro Europeu 2011 do Observador Cetelem foram efectuadas em Dezembro de 2010, em colaboração com o gabinete de estudos e de consultadoria BIPE. As sondagens aos consumidores foram realizadas com base num inquérito barométrico, realizado através da Internet e aplicado, também, por amostras representativas das populações nacionais (maiores de 18 anos) de treze países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia. No total foram inquiridos mais de 8.700 europeus, com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país. Fonte: Multicom
Portugueses menos fiéis às marcas
Apenas 12% dos portugueses se mantém fiel a uma marca e 88% dos jovens com menos de 30 anos acredita que as marcas de vestuário, calçado, acessórios, entre outras, não são muito diferentes entre si. Os dados são do Observador Cetelem e apontam que os consumidores, afectados pela crise, estão a modificar o seu comportamento de compra e desconfiam cada vez mais dos discursos das marcas. Mas será que as marcas significam ainda alguma coisa para os consumidores portugueses? Para menos de 20% dos consumidores europeus, as marcas são mais ou menos todas iguais. Já cerca de 30% dos consumidores consideram que as marcas são muito diferentes. Quando se trata do mercado do equipamento da pessoa: vestuário e acessórios diversos, são mais numerosos os consumidores que consideram as marcas muito distintas. Na maioria dos casos, são os jovens que apresentam uma maior valorização da marca. No entanto, embora sigam a tendência europeia anteriormente descrita, os jovens consumidores portugueses parecem menos envolvidos com as marcas, sendo ainda os jovens que menos acreditam nalguma diferença no mercado do equipamento da pessoa (vestuário e outros acessórios pessoais). Os distribuidores começam a sentir a “infidelidade” dos portugueses em relação às marcas. Apenas 19% dos consumidores em Portugal sabe exactamente qual a marca que vai comprar antes de entrar numa loja ou de ir à Internet. “Com a crise podíamos pensar que os consumidores, e sobretudo os mais jovens, iriam privilegiar as marcas como um meio de minimizar os riscos: ‘compro uma marca para prevenir riscos, como garantia de segurança’. Na realidade, acontece o contrário: em plena dúvida, tanto destabilizada como saturada por uma profusão de escolhas e de marcas, esta geração de ‘consumidores inconstantes’ escolheu não escolher”, afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal. O estudo mostra ainda que, no actual contexto económico, os portugueses regressaram ao fundamento primordial do consumo: uma boa compra é antes de mais uma boa relação qualidade-preço. 69% dos jovens afirma que antes de efectuar uma compra, compara os preços muito atentamente. Para além de não hesitarem na comparação de preços, os jovens portugueses estão ainda dispostos a passar de um distribuidor para outro e dizem-se muito atentos às promoções. Representam aliás a percentagem mais alta entre os países analisados: 65% contra uma média europeia de 58%. É também em Portugal que se encontra a maior proporção de indivíduos com mais de 50 anos que sistematicamente procura obter um desconto/negociar os preços (50% contra uma média de 28%). «Tal como nos demonstrou a edição 2010 do Observador Cetelem, também na sua edição de 2011 o consumidor procura uma maior simplicidade: apresentação mais sumária dos produtos, menos marcas propostas nos pontos de venda, um ambiente de compra mais depurado. Em suma, a crise acentua a necessidade de regressar ao essencial», conclui a responsável do Observador Cetelem. As análises e previsões do Barómetro Europeu 2011 do Observador Cetelem foram efectuadas em Dezembro de 2010, em colaboração com o gabinete de estudos e de consultadoria BIPE. As sondagens aos consumidores foram realizadas com base num inquérito barométrico, realizado através da Internet e aplicado, também, por amostras representativas das populações nacionais (maiores de 18 anos) de treze países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia. No total foram inquiridos mais de 8.700 europeus, com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país. Fonte: Multicom